A pornografia, especialmente a televisionada, não me atrai. Pelo contrário, acho-a constrangedora e confrangedora.
O argumento é o que se sabe, a qualidade da imagem é má e a produção nunca contrata um Assistente de Cena (segundo o IEFP, é o profissional que "coloca, nos devidos lugares, mobiliário, adereços, actores e figurantes e actores").
Tendo aderido ao pacote "Funtastic Life" da TV Cabo, eis que nas madrugadas de 5.ª, 6.ª e sábado a mensalidade dá-me acesso ao XXL, no longínquo canal 93.
No XXL, eles já passaram dos 40, ostentam bigode carpinteiro-look e são de poucas falas. Elas, invariavelmente tatuadas, têm bolas de silicone-de-€25 (daquele em bisnagas, muito usado para tapar frinchas em lavatórios e banheiras) e gemem como se estivessem na sala de partos. Tudo com música de fundo, que desconcentraria o comum dos mortais ao fim de 10 segundos, acabando irreversivelmente com a jornada amorosa.
Depois, há os pormenores deliciosos que escapam ao Assistente de Cena (ou à falta dele): a sombra do cameraman por detrás dos "actores", o ranger ritmado da cama ou a borbulha nos glúteos do macho.
Pior que isto, só mesmo se o filme for falado em Português de Portugal, onde não há xoxotas, o que é meio caminho andado para nem sequer gozar.
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