quarta-feira, setembro 27, 2006

SOS Professor

Hoje fiquei a saber que existe uma linha telefónica denominada "SOS Professor".
Achava eu que se tratava de um serviço dirigido aos alunos, por exemplo, para esclarecimento de uma dúvida de última hora.
Mas não.
Do outro lado da linha, atende um jurista, um psicólogo e um psicopedagogo. Professores não.
Estes são os utentes e espera-se que liguem a queixar-se de agressões infligidas pelos adoráveis alunos.
É no que deu os últimos 20 anos de política "educativa", onde a autoridade e a disciplina ficaram à porta da sala de aula, perdão, da própria escola.
Do professor espera-se agora que não seja professor.
Que seja o careta, o bode expiatório da criatividade sem limites da miudagem - "própria da idade" - o geek do recreio.
Isso da autoridade é do tempo da "outra senhora" que, como se sabe, não só é coisa do passado como parece que até nunca existiu.

O rigor...

Pronto, é uma minudência que escapou à generalidade dos telespectadores, mas eu, ex officio, tenho de assinalar.
Hoje tomaram posse os árbitros que irão dirimir conflitos colectivos do trabalho.
A SIC informa-nos que "desde 1992 o Código Laboral prevê estes árbitros, que nunca tomaram posse".
Ora, não só não existe nenhum "Código Laboral", como o Código do Trabalho foi aprovado em 2003...

O País e o Mundo

26 minutos depois do arranque, o Jornal da Noite da SIC ainda não deu uma única notícia de Internacional.
Fico mais descansado porque não se deve passar nada no resto do Mundo: pas de nouvelles, bonnes nouvelles...
Já no País temos "Detido no Algarve, suspeito de ter morto companheiro de assalto"...

Dúvida

Se em Silverstone os carros vão à box, em Ascott os cavalos vão à garagem?

Dor de ouvidos

Otto Reno Larry go to the logistic.

"Barba e Cabelo"

- Por este andar, Fernando Santos arrisca-se a ser o Eng.º do Penta também no Benfica.
- Então?
- Então, é despedido ao 5.º jogo...

terça-feira, setembro 26, 2006

Ainda Jura

Jura faz-me lembrar aqueles telefilmes de finais de anos '70 da TV5, originalmente italianos, dobrados para francês onde a acção se passa num castelo, muitas velas, saiotes, camas de dossel, frondosas púbis femininas, jogos duplos, criadas, tiros de zagalote, eu sei lá...
Com a devida distância, o argumento nacional é nulo como o franco-italiano de há 25 anos e os diálogos irrealistas saem da boca de actores que disfarçam o embaraço da nudez com exultações e clichés sexuais pirosos.
Também por isso são actores medianos, que já vimos noutros cenários mas nunca nos lembraremos do nome.
A boa, o canastrão e a mulher enganada.

segunda-feira, setembro 25, 2006

Estreia

Foi suficiente ver alguns takes de "Jura", a aposta erótico-drama da SIC (ainda por cima nacional!), para perceber que se trata de mais um tiro no pé(nim).

#3

E o Casal Terapia da Fala 2006 vai para...

...Fernando Seada Judite de Sousssa.

Separados à nascença?

Rui Santos - comentador desportivo / Moreno - cabeleireiro

SIC

A grande novidade da rentrée da SIC é o reality-show apresentado por Clara de Sousa intitulado "Querido, mudei de casa".

Flash!

A capa da Flash! afiança-me que "Elsa Raposo casa-se dentro de 3 meses".
A pouca confiança que inspira o troglodita putativo noivo professor-de-surf-de-Porsche-usado leva-me a pensar se o título não deveria ser "Elsa Raposa casa-se dentro. Em 3 meses".

PêGêRê

Também 6 anos depois, é um facto que o Procurador Souto Moura é ainda mais palerma do que a sua risível figura permitia antecipar.
Era a derradeira reminiscência do guterrismo nacional-porreirista que nada decidia nem decidiu, ou porque não queria decidir ou simplesmente porque não o sabia fazer.
Até António Costa já decidiu que não se tornaria a lembrar dele.

Sol

Gostei do nascer do Sol. Ainda gostei mais do n.º 2.

E àquel' "As Horas", o Expresso já tinha esgotado.

Prenúncio?

domingo, setembro 24, 2006

#2

Na campanha publicitária da Oniduo, a Internet que nos vende só está acessível aos utilizadores que precisam que lhes expliquem "como se fossem muitos burros".

A concorrência desleal da PT desculpa muita coisa; mas não tudo.

BB

Vejo o "Big Brother 6 Anos Depois".

Depois das audiências, a púdica TVI põe o rating "M16" onde antes tratava Portugal por tu.

O comando Marco desfere um golpe de kick-boxing na Célia.

Há 6 anos era entertenimento, hoje é um documentário pesado que entretém.

Algumas coisas não mudam

quarta-feira, setembro 20, 2006

#1

Enquanto dormias, tomei o pequeno-almoço na varanda.

segunda-feira, setembro 18, 2006

You silly bastard

- Ai, que nojo, o teu cão deu-me uma lambidela.
- O quê?! Não terá sido uma lambidele?

Refinlandização

Afinal não desliguei a TV - os cães não deixaram.

A jovem concorrente, questionada pelo assexuado José Carlos Malato sobre a moeda da República Checa, titubeou: "Eu acho que é o Euro, porque já entrou para a 'Europa dos Quinze'".

(risos Ingleses no estúdio).

Vozes da rádio

Irrita-me a publicidade na rádio.
Provavelmente não por culpa da própria; decerto por acção dos anunciantes e da histeria em que os spots acabam por descambar, tornando a ascultação dos mesmos dolorosa e intensamente irritante, disputando a cruz com o trompete-estridente dos separadores da TSF.
E os anunciados, os produtos?
Bom, esses são os mesmos de sempre: carros, viagens, restaurantes...
O afã regulatório do Estado, que nos toma a todos por atrasados mentais, petizes consumidores ingénuos prontos a gastar a mesada em guloseimas-que-são-também-um-brinquedo, com a desculpa de nos proteger, faz ainda pior, debitando-nos a cláusula da TAEG a 5 palavras/segundo.
Do histérico José Pedro Gomes ao paspalho Miguel Guilherme, passando pelo cauteloso Diogo Infante e o esclarecido Ricardo Carriço, os anúncios da rádio são o dano colateral do ouvinte incauto.
Vozes femininas?
Nada pior do que a Mariana Barosa - que está farta de sushi e tandoori - afiançar-nos na Oxigénio: "La Moneda acho óptimo"...

Zapping

Proponho o fim das emissões televisivas à segunda-feira, Em conformidade:

i) O preço não estará certo, em euros ou dólares;

ii) Judite de Sousa não terá conversas com o "doutod" António Vitorino;

iii) Não interessa se foi bola-na-mão ou mão-na-bola. Foi golo e já sabíamos desde sábado;

e, claro,

iv) Manter a TV ligada não é uma questão de se ser pró ou contra. Não é uma opção.

O jornal de referência não nos impinge o ministro da Educação da Finlândia?

Finlandizemo-nos, então.

Segunda à tarde

No final da tarde, as conversas entre colegas, para descomprimir, põem-me doente.
Acham piada a tudo o que se passou no fim-de-semana dos outros, mesmo que não passe de uma tropelia do "meu mais velho".
Estão dois a conversar, um terceiro passa e deixa-se ficar; um quarto, que procurava o terceiro por causa de um assunto profissional, finalmente encontra-o junto aos dois primeiros e deixa-se igualmente ficar.
Eu passo pelos quatro, deixo que percebam que sei qual o assunto de que falavam, pois que poderia ser um quinto naquela paródia, mas não me deixo ficar.
Não lhes conto o meu fim-de-semana.
Não quero saber das tropelias de crianças que não são minhas e que não quero ter.

No corredor, cruzo-me com um sexto que me pergunta pelo terceiro.


Informo-o com um ar entusiasmado: "Está ali, com os dois primeiros e o quinto".

Também ele vai cair no logro e juntar-se à pandilha.

Até amanhã.