No final da tarde, as conversas entre colegas, para descomprimir, põem-me doente.
Acham piada a tudo o que se passou no fim-de-semana dos outros, mesmo que não passe de uma tropelia do "meu mais velho".
Estão dois a conversar, um terceiro passa e deixa-se ficar; um quarto, que procurava o terceiro por causa de um assunto profissional, finalmente encontra-o junto aos dois primeiros e deixa-se igualmente ficar.
Eu passo pelos quatro, deixo que percebam que sei qual o assunto de que falavam, pois que poderia ser um quinto naquela paródia, mas não me deixo ficar.
Não lhes conto o meu fim-de-semana.
Não quero saber das tropelias de crianças que não são minhas e que não quero ter.
No corredor, cruzo-me com um sexto que me pergunta pelo terceiro.
Informo-o com um ar entusiasmado: "Está ali, com os dois primeiros e o quinto".
Também ele vai cair no logro e juntar-se à pandilha.
Até amanhã.
2 comentários:
e imagina se fosse um 'escritório tradicional'.
Eu sei.
Era igual.
muito bom
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