Diariamente renovava a promessa pouco convicta de não lhe ligar.
Ligava-lhe todos os dias. Convictamente. Mas não lhe falava; nem ouvia, porque já tinha sido tudo dito.
Mas ligava-lhe. Como antes, quando o pretexto para o fazer era apenas esse e nem de um pretexto precisava.
A distância seca tudo à volta ao mesmo tempo que reaviva a memória do que foi, do que já não é. De forma tão nítida que até parece que ainda poderá ser.
O tempo não passa mas diariamente ligava-lhe.
(...).
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