Para quem como eu que ainda sou do tempo em que:
(i) não havia internet;
(ii) só havia 2 canais públicos de televisão;
(iii) as parabólicas - que só apanhavam canais alemães - custavam uma fortuna;
(iv) a rádio não estava liberalizada;
(v) tinha a mania que era alternativo, na vertente urbano-depressiva;
os "programas de autor" na rádio eram um óptimo motivo para gravar cassetes...
Diariamente, da meia noite às duas, o Som da Frente, do António Sérgio, na Rádio Comercial (!), que tinha o sugestivo sub-título "o Direito à Diferença" e dos melhores jingles que me lembro.
Havia de tudo: industrial, gótico, indie, experimental, noise, sempre com muito pedal de distorção.
Nos anos '9o, António Sérgio muda-se para a XFM e para as manhãs, com "O Grande Delta". Mais soft, mas sempre a debitar grande som.
Com a extinção da XFM (chuiff, chuiff...), algures em 1997, o homem volta à Comercial com a "Hora do Lobo", outra vez à noite e a recuperar o registo do Som da Frente.
Mais recentemente, era ouvi-lo na Best Rock FM (!), com um programa homónimo, que explica o ar tristonho com que regularmente o via aqui por Campolide.
Pois bem, António Sérgio está de volta, no melhor de sempre, à antiga, na Radar, de segunda a sexta, das 23h00 à 01h00, com o "Viriato 25". Descobri ontem por acaso...and there was much rejoicing!
Como diria Mário Crespo: rigorosamente a não perder.
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