terça-feira, novembro 13, 2007

A propósito da estreia de Control


A Joy Division é a recordação da melhor banda de sempre, das calças de fazenda cinzenta, do sobretudo e da boina na Cidade Universitária, o liceu mais ecléctico de Lisboa, das letras-poema escritas na contracapa dos cadernos azuis perfurados, da inscrição desolada na paragem de autocarro "Ian, why?", das tardes de invernia no quarto do 12.º andar do dormitório, dos playbacks com o gravador em cima da coluna da "aparelhagem da sala", das matinés da Juke Box, do olhar de soslaio sobre os New Order, das idas a casa do colega que tinha o "Here are the Youngmen" em BETA, da colecção de t-shirts, da brilhante tradução do Miguel Esteves Cardoso, da responsabilização ingénua de Deborah Curtis pelo trágico final à constatação eslcarecida, na terceira pessoa, de que Ian Curtis é mesmo um ídolo, para o melhor e para o pior.

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